quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Trabalhos anteriores

Antes de começar a falar sobre Golden Retriever, irei postar trabalhos acadêmicos feitos no primeiro ano da faculdade de Jornalismo - da qual estou indo para o 5° semestre. Tais trabalhos são resenhas feitas sobre filmes ou livros, para a matéria de Teoria do Jornalismo, lecionada pelo professor Bruno Zeni.

domingo, 25 de novembro de 2007

Resenha: O seqüestro do ônibus 174

Jardim Botânico, Rio de Janeiro. 12 de janeiro de 2000, aproximadamente 17 horas da tarde.
Pessoas comuns, vivendo suas vidas normalmente, encerrando mais um dia de trabalho. Os passageiros da linha 174, já mais imaginaram o rumo que suas vidas tomariam depois daquele fim de tarde. O personagem principal da história, Sandro Barbosa do Nascimento, era também a principal vítima e o que ele pensou ser a apenas um assalto, paralisou todo o país, chocou a população, se transformou no símbolo da violência e da impunidade no Brasil.
Há sete anos atrás, seqüestros não eram tão freqüentes, a violência não era tão escancarada. Ninguém sabia direito as proporções dos acontecimentos, pois de alguma maneira, o governo abafava os casos. E por isso, o seqüestro do ônibus 174, paralisou o país naquela tarde.
O documentário feito por José Padilha nos mostra detalhadamente o que se passou durante as horas em que Sandro manteve o ônibus seqüestrado com reféns. No filme a história é contada paralelamente à história de vida do seqüestrador, intercalando imagens da ocorrência policial feita pela televisão.
O fato na época tomou proporções incríveis e repercutiu por todo o país. O que não se imaginava é que sete anos mais tarde, cenas como essa ou ainda piores não surtiriam mais efeito sob a população e fariam parte do nosso cotidiano. Todos os dias nos deparamos com a violência que assola o Brasil, mas ninguém mais sem importa, ninguém mais se choca, todo mundo se acostumou.
Sandro era o bandido, mas era também a principal vítima. Vítima da sociedade, vítima do descaso da população, vítima da desigualdade que enterra o país, vítima de um governo mal preparado, de um país mal governado. Uma pessoa que viu na situação uma oportunidade de ser ouvido, de ser visto, de se sentir parte da sociedade, por mais que seja num caso tão trágico.
O Rio de Janeiro naquela tarde se apagou, ficou cinza, manchado pela violência, iluminado somente pelos olhos do Brasil inteiro. Hoje, sete anos depois, não é mais a cidade maravilhosa, é agora palco da violência, reconhecida mundialmente.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Resenha: "Sempre Alerta"

O texto retrata a rotina do jornalista, caracterizando seu ambiente de trabalho, as tensões diárias e a hierarquia existente nos jornais, no caso, no jornalismo impresso.
Sempre Alerta discute a essência da profissão, classificada por Jorge C. Ribeiro como moderna empresa de notícias, onde um dos elementos mais característicos é o poder que se exerce sobre os jornalistas. Quem concentra a maior parcela desse poder é o empresário, que consciente disso o usa a seu favor constantemente.
Jorge C. Ribeiro defende em seu livro a submissão do jornalista.Acredita que para uma redação funcionar da melhor maneira, é necessário que interesses de ambas as partes estejam em jogo. Para isso, expõe dois pontos fundamentais.
Para estimular os jornalistas, o aliciamento é a prioridade. As promessas são a forma de aliciamento mais freqüentes. Cria-se uma situação de interesses e subordinação, já que recém formados, facilmente se iludem com altos salários e sistemas de privilégio oferecidos por algumas empresas. A questão é que na maioria das vezes, se evidencia o desnível dentro da redação de uma empresa , e percebe-se que somente aqueles que realmente se destacam, que são bem sucedidos têm essas promessas realizadas. A conseqüência disso a longo prazo é a perca do estímulo dos outros profissionais que não mais, se sentem capazes de realizar seu trabalho. As demissões reforçam o aliciamento. Para Jorge C. Ribeiro, “um dos efeitos mais importantes das demissões é provocar tensão produtiva nos que não foram atingidos”. E deixar subentendido que ninguém é insubstituível.
Na maioria das vezes, encontra-se nas mãos do editor o sucesso ou fracasso de seus submetidos. Por isso, “repórteres e redatores procuram direcionar seus textos de acordo com o enfoque dos editores”, como ressalva Jorge C. Ribeiro. O que resulta dessa disputa entre jornalistas pela aprovação de seu editor, é uma forte competitividade entre eles. Cria-se então, uma troca de favores e forma-se um subgrupo, onde para obter êxito o editor necessita de um bom trabalho de sua equipe e aqueles que para ele trabalham, necessitam que o resultado seja satisfatório para que sejam reconhecidos.
O outro ponto fundamental apontado por Jorge C. Ribeiro é coerção. Para ele “é necessário complementar o aliciamento com um regime de coerção, para obter a subordinação do jornalista”. Acredita que “a coerção articula disciplina, anonimato, tensão ‘produtiva’ e sanções”. O resultado do aliciamento juntamente com a coerção é uma “profissão autoritária”, como articula Jorge C. Ribeiro.
A coerção é um modo de repressão que pode ajudar na formação do jornalista tornando-o disciplinado, já que a disciplina é uma das principais características das empresas capitalistas de hoje.
Uma das características principais da atividade do jornalista é a tensão, fabricada como o objetivo de extrair produtividade. A pessoa que acumula diversas tarefas a serem cumpridas, esforça-se para que todas sejam satisfatoriamente concluídas, enquanto aqueles que não são tão atarefados, executam suas obrigações de qualquer jeito. “O sujeito tenso produz mais porque fica mais atento”, confirma Bem Bradley.
O jornalista vive num ambiente sob forte tensão e pressão. É necessário que esteja sempre alerta, para que possa responder com agilidade aos imprevistos que as notícias exigem. O ritmo do trabalho oscila entre momentos de marasmo e aceleração e a periodicidade contribui para tornar produtiva a tensão. Por isso, para que se consiga criar uma marca, ter um nome reconhecido, é necessário um esforço constante.
Jorge Cláudio Ribeiro caracteriza o jornal como uma empresa de notícias com um duplo discurso. Esse duplo discurso toma dois rumos ambivalentes: o primeiro caracterizado como tradicional e ideológico, suas principais características se dão por apresentar-se cultural, liberal, confiante, missionário, heróico e fazer uso de uma imagem pública. O segundo caracteriza-se como industrial, disciplinador, competente, trabalhador, operário e anônimo. É ao mesmo tempo uma empresa, visando lucro, mas prestando serviço público (não deveria ser comercializável), seus profissionais deveriam permanecer anônimos e disciplinados, mas apresentam-se também como imagens públicas, entre outros caminhos ambivalentes.
Sempre Alerta, de Jorge Claudio Ribeiro nos traz uma boa noção da vida de um jornalista. Nos mostra os prós e contras de uma profissão que desperta tão diferentes opiniões e pontos de vista. Mas que tem em comum, a paixão pela profissão.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Entrevista: Luiz Carlos Azenha

Luiz Carlos Azenha tem mais de 30 anos de vida jornalística. Em 1985 ingressou sua carreira na extinta Rede Manchete nos Estados Unidos. Anos depois, mudou-se para o SBT onde cobria as corridas de Fórmula Indy. E, finalmente, pela Rede Globo, se tornou correspondente internacional, passando por mais de 40 países, cobrindo fatos que marcaram o milênio. Atualmente, envolveu-se em mais um projeto: a criação do blogue “Vi o mundo”, em que publica notícias, relatos de aventuras, reportagens e vídeos. O subtítulo do blog, “O que você nunca pôde ver na TV”, explica o conteúdo do site: aprofundar fatos cotidianos que a TV não nos mostra por falta de tempo. Em entrevista concedida por e-mail, Azenha aborda a importância do blogue, bem como a relação internet e jornalismo.

Pergunta: Qual critério é adotado para decidir o que deve ser publicado no site?
Luiz Azenha: O critério fundamental é não ter saído na grande mídia. Fiquei surpreso ao notar quanto assuntos não saem na grande mídia. O segundo critério é o de oferecer uma visão alternativa sobre assuntos publicados. E o terceiro é o de opinar livremente, sem passar por um editor, ainda que eu corra o risco de publicar besteira.

Pergunta: Como surgiu a idéia de criação do site?
Luiz Azenha: A idéia surgiu em Nova York, em 2003, por sugestão de amigos, quando notei que nem tudo o que eu recolhia de material para minhas reportagens de TV ia ao ar, acima de tudo por limitação de tempo. Aí resolvi contar as histórias num site.

Pergunta: Qual é seu principal objetivo com o site?
Luiza Azenha: O objetivo é escrever. Gosto de escrever.

Pergunta: Como você organiza seu tempo entre o trabalho e o site?
Luiz Azenha: O site é trabalho. Dona-de-casa trabalha?

Pergunta: Quais são suas fontes de pesquisa para inspirá-lo nas publicações?
Luiza Azenha: Essencialmente a internet. Tem muita informação de primeiríssima qualidade na internet que fica lá, esperando para ser descoberta. A partir da internet eu leio livros e descubro possíveis entrevistados. E gravo vídeos que vão para a TV Viomundo.

Pergunta: Qual é a relação entre jornalismo e internet atualmente?
Luiza Azenha: Eu faço Jornalismo na internet. É uma forma muito particular de Jornalismo, em que a única regra é não publicar ofensas pessoais a terceiros. Acho que, ao longo da minha carreira, fiquei muito confinado a um jeito padrão de mídia. Ou seja, agora é mais uma viagem pessoal do que qualquer outro coisa.

Resenha: "O último jornalista"

“O Último Jornalista” de Stella Senra, destaca como vem sendo construída a imagem do profissional de imprensa ao longo dos anos e a figura do jornalista na sociedade contemporânea.
O texto discute a relação existente entre o cinema e as profissões. Enfatizando a freqüência com que se dedicam filmes à imprensa, tentando dessa forma saciar a curiosidade da sociedade pelo jornalismo, já que o jornalista é um figura pública e sua exposição é o primeiro requisito do exercício da profissão.
A identidade profissional do jornalista é dita historicamente ambígua pela autora e sua imagem provém daquilo que faz em seu dia-a-dia, ou seja, depende do seu cotidiano, das notícias que passa para a sociedade e a maneira como opina sobre elas. Por isso, na maioria das vezes, criam-se personagens, imagens que não são reais.
Tendo isso em vista, o crítico de cinema e televisão Serge Daney sugeriu uma “faxina no mundo das imagens, uma ‘limpeza’ que implicaria, em alguns casos, até na eliminação da figura humana das telas de televisão”. A sociedade contemporânea impõe sobre os jornalistas padrões a serem seguidos, para que se tornem dignos de nossas confianças. Para Senra, a “adoção da figura do clone não implica no desprezo pelo jornalista ‘de verdade’, mas antes pretende que não se tome mais o mundo das imagens como o oposto do mundo real”.
É claro que essa submissão do jornalista a sua imagem é mais facilmente notada na televisão. Porém, cada vez mais, o nome, tanto quanto a imagem do jornalista, vem competindo com a notícia e o peso dos fatos. Hoje, há uma tendência, no jornalismo contemporâneo, de “espetacularização generalizada” que envolve grande parte dos profissionais que enxergam na televisão, uma oportunidade de se tornar conhecido, deixando em segundo plano, o essencial: a notícia.
A imprensa brasileira sofreu grandes transformações ao longo dos anos. O pós- guerra representou o período em que o jornalismo praticado no Brasil se distanciou da inspiração político-literária e passou a incorporar o modelo americano com sua adesão aos fatos, seu conceito de objetividade e suas técnicas de tratamento da notícia.
Nos anos 50, os proprietários da empresa jornalística e responsáveis pela totalidade do processe de fabricação do jornal eram geralmente jornalistas. Ou seja, o envolvimento desses profissionais com todo o processo de fabricação da notícia, bem como sua repercussão, deu origem a figura romântica do jornalista. Para Paulo Francis, o jornalismo da década de 50 tinha algo agora “em extinção: personalidades fortes, opinionadas, uma tradição humanista e generalizada que hoje desapareceu”.
Nos anos 60 e 70, o jornalismo foi exercido em um novo contexto político, sob um regime ditatorial e forte censura da imprensa. Nessa época, vale ressaltar os esforços de alguns profissionais que lutaram em defesa da liberdade no exercício de sua atividade.
Já nos anos 80, a imagem do jornalista começa a mudar. A situação política do país se modifica com o fim da censura, e o capitalismo começa a interferir na empresas jornalísticas e nas atividades de seus profissionais. Houve grandes avanços tecnológicos, remodelando o processo de produção da notícia. Foi também nessa época que surgiu a televisão, concorrendo fortemente com a prática do jornalismo escrito.
A partir de então, há outra compreensão dessa atividade. O jornalismo deixa de ser entendido com uma missão em que aqueles mesmos que o praticavam, eram engajados político e socialmente e acabou sendo substituído por uma empresa, uma “cadeia de produção, contemplada com tarefas fragmentadas e em parte já desenraizadas da chamada realidade”, como diz a autora. Tornando assim, o jornalista perfeitamente substituível.
Ainda nos anos 80, o jornalismo pode ser visto de três maneiras: como serviço público, como uma técnica ou como uma arte. Como serviço público, considera o leitor como cidadão e usuário, enquanto o jornalista é tomado como profissional liberal, responsável pela totalidade do trabalho de produção da notícia. Como técnica, o leitor é apresentado como um alvo e a atividade do jornalista, tomado como técnico do processo de comunicação, tem mais ênfase no tratamento do que na produção da informação. E como arte, o leitor é visto como ‘público’, platéia de um desempenho, enquanto a informação passa a oferecer também um aspecto estético.
No contexto prático dos anos 90, o jornalismo é exercido de uma forma cada vez mais particular. A relação entre mercado, papel político do jornalista e inovação técnica são cada vez maiores.
Assim, podemos entender que é clara a relação entre cinema e jornalismo, mas que vem se perdendo com o passar dos anos. Tanto um como o outro visam retratar a realidade ao público e a sociedade, a diferença é que a partir dos anos 80, quando o capitalismo surge com força, os profissionais da área tendem a criar personagens que apenas transmitam as notícias, visando apenas o lucro, o reconhecimento, sem nenhum engajamento, o que os torna apenas imagens, facilmente confundidas e talvez substituídas por robôs.

sábado, 25 de agosto de 2007

Perfil: Luis Fernando Veríssimo

Filho do escritor Érico Veríssimo e Mafalda Veríssimo, Luis Fernando Veríssimo nasceu no dia 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sua vida de estudante iniciou-se em Porto Alegre, passando também por escolas nos Estados Unidos, quando seu pai lecionou em uma universidade na Califórnia. Veríssimo é jornalista “do tempo em que não precisava de diploma para exercer a profissão”, iniciando sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, passando por várias seções da redação. A partir de 1969, passou a assinar as matérias quando substituiu a coluna de Jockyman, ainda na Zero Hora. Depois de uma breve mudança de veículo, volta, em 1975, ao Zero Hora, que começa a ser publicado também, no Rio de Janeiro. Luis Fernando Veríssimo também teve participação na televisão, criando quadros para o programa “Planeta dos Homens”, na Rede Globo e, recentemente, contribui com a série “Comédias da vida privada”, também para a emissora. É um dos autores brasileiros de maior sucesso atualmente. Desde que começou a escrever, Veríssimo lançou 75 livros; conta com mais de cinco milhões vendidos no país, além do Best – Seller “As mentiras que os homens contam”, que já vendeu quase 350.000 exemplares. O jornalista é conhecido principalmente pelo humor sagaz e a linguagem simples ao tratar de temas cotidianos, como: futebol, gastronomia, cinema, música, viagens, literatura, política, entre outras. Talvez seja essa a explicação do sucesso de suas crônicas com o público, há uma grande aproximação e identificação com os casos que Veríssimo escreve. Veríssimo é um dos autores responsáveis por manter vivo o espírito de crônica ser um gênero tipicamente brasileiro. Com uma linguagem simples, de fácil e rápido entendimento, falando sobre política, economia e cultura, o autor expõe suas opiniões. Exemplo dessa sua liberdade, é a criação de diversos personagens que compõe suas crônicas. A Velhinha de Taubaté fez grande sucesso, desde sua criação na época do governo de João Baptista Figueiredo, ficando famosa por sempre acreditar no governo, tendo a máxima “a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo". Veríssmo anunciou sua morte em 26 de agosto de 2006, alegando execesso de desgosto pelas constantes acusações de corrupção do governo. Veríssimo ainda teve uma breve passagem pelo mundo do romance onde escreveu “O jardim do Diabo", "O clube dos Anjos" e "Borges e os Orangotangos Eternos". Passou também pelos quadrinhos, dos quais é fã declarado. O autor tem ainda grande paixão pela música, trazendo desde sua infância o saxofone como seu instrumento predileto e integrando o grupo “Jazz 6”, que se apresenta esporadicamente em Porto Alegre. Atualmente, pode-se encontrar textos do autor em revistas como a Playboy e alguns jornais, como O Globo e Zero Hora.

Resenha: "A Metamorfose"

Franz Kafka escreveu, em 1912, “A Metamorfose”. Inúmeras interpretações deste livro de ficção surgiram desde que, em 1997, a Companhia das Letras iniciou a publicação das obras completas do autor.
A história narra a vida de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante, que há algum tempo trabalha e carrega em suas costas o peso de sustentar sua família: irmã, pai e mãe. Certo dia, ao acordar e começar mais um dia de sua rotina, Gregor sente algo diferente em seu corpo: havia sofrido uma metamorfose, criando patas, antenas e um casco.
É importante notar como o autor explora a relação de Gregor com o resto da família. Desde que percebe sua metamorfose, sua principal preocupação não era sua situação em si, mas sim as conseqüências, a forma como isso atingiria sua mãe, seu pai e sua irmã. Em contrapartida, há uma atitude repulsiva da família que o exclui cada vez mais da rotina da casa.
Franz Kafka é conhecido pela delicada relação que tinha com seu pai. Delicadeza esta que beira a incompatibilidade e faz com que pai e filho não se dessem muito bem. Essa relação está muito explicita em outro livro do autor, “Carta ao Pai”, de 1919, no qual o autor desabafa sobre suas diferenças com pai – “: "Eu só poderia viver naquelas áreas não cobertas por você ou fora de seu alcance. Mas, considerando minha idéia de sua magnitude, não restam muitos lugares."
“A Metamorfose” é, por muitos, considerado uma autobiografia de Franz Kafka, em que coloca toda sua mágoa e seu ressentimento de uma infância de difícil relação familiar. Onde se evidencia as dificuldades de lidar com aquilo que é diferente e, principalmente, com o que se torna diferente em pouco tempo, sem se esperar.